A SBK Commission aprovou diversas alterações e esclarecimentos relativos às regras do Mundial de Superbike, incluindo ao nível técnico – que influencia, entre outros aspetos, a aerodinâmica.

Serão aplicadas as mesmas regras já usadas no MotoGP quanto à anexação de apêndices aerodinâmicos e aletas: em condições de operação normais, esses elementos aerodinâmicos têm de ter uma deflexão máxima de 10 milímetros em qualquer ponto, quando uma carga vertical de 50 N estiver aplicada para baixo com um indentador esférico de aço com raio de 20 milímetros.

Por outro lado, será instituído um limite do fluxo de combustível para limitar o desempenho dos motores: para 2025, o limite será de 47 Kg/H para todos os construtores, com uma tolerância de duas gramas por volta. Já o limite para 2026 será decidido em julho do próximo ano, com base nos desempenhos durante a primeira parte da época.

A marcação de uma nova peça do quadro «virgem» é livre, mas tem de conter o código de modelo registado na homologação FIM da moto, sendo decidido agora que o procedimento de leitura da nova marcação tem de ser declarado por cada construtor ao diretor técnico da FIM antes do começo da época.

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Com a temporada de 2024 do Campeonato Mundial de Superbikes encerrada, chegou o momento de analisar os confrontos diretos entre os pilotos ao longo de um ano cheio de emoções e conquistas históricas. Quem levou a melhor nas disputas mais próximas, especialmente entre companheiros de equipa? Aqui estão os destaques.

Bulega domina nas Superpoles: 12-0 frente a Bautista, maior equilíbrio nas corridas

Nicolo Bulega teve uma temporada de estreia espetacular, destacando-se nas Superpoles com um impressionante 12-0 frente ao seu colega de equipa e bicampeão Álvaro Bautista (Aruba.it Racing – Ducati). Contudo, nas corridas, Bautista conseguiu reduzir a diferença, embora tenha terminado a temporada com 16-20 desfavorável frente a Bulega, que terminou como vice-campeão. Bulega teve uma média de posição final de 3,37, enquanto Bautista ficou em 4,96. Nas Superpoles, o italiano também brilhou, com uma média de 2,25, em contraste com os 9,5 de Bautista.

Razgatlioglu supera Van der Mark: 28-2 a favor do campeão

Era esperado que Toprak Razgatlioglu dominasse a disputa interna com Michael van der Mark na ROKiT BMW Motorrad WorldSBK Team, especialmente após conquistar o título. Nas 30 corridas comparáveis – excluindo as rondas de França e Itália, quando Razgatlioglu esteve lesionado – o turco venceu por 28-2. Nas Superpoles, foi um domínio completo: 10-0. O campeão acumulou uma média de 52,7 pontos por ronda (desconsiderando as rondas que perdeu), o que é o maior registo desde a introdução do formato de três corridas por fim de semana.

Lowes em vantagem sobre Bassani: 12-0 em Superpoles, 29-7 em corridas

Com a experiência de anos na ZX-10RR, Alex Lowes levou a melhor sobre Axel Bassani, que estava na sua primeira temporada com a Kawasaki Racing Team WorldSBK. Lowes venceu todas as comparações em Superpole (12-0) e terminou 29-7 nas corridas. A média de posição final de Lowes foi de 5,04, enquanto Bassani terminou com 11,79. Nas Superpoles, a diferença foi ainda maior: 4,58 para Lowes contra 13,5 para Bassani.

Locatelli bate Rea: 24-9 a favor do italiano

Andrea Locatelli (Pata Prometeon Yamaha) teve uma clara vantagem sobre o seu colega Jonathan Rea, que enfrentou uma temporada difícil. Nas 33 corridas comparáveis – Rea perdeu a ronda de Cremona devido a lesão – Locatelli venceu 24-9. Em Superpole, a diferença foi de 8-3 para o italiano, com Rea a admitir dificuldades na adaptação à Yamaha R1. Em média, Locatelli terminou em 7,45, enquanto Rea ficou mais atrás, com 10,13.

Lecuona leva a melhor na Honda: Vantagem nas corridas, empate nas Superpoles

Na Honda, Iker Lecuona superou Xavi Vierge nas corridas com um placar de 18-12. No entanto, em termos de Superpole, os dois ficaram empatados, 5-5. Esta proximidade reflete-se também nas médias: Lecuona terminou em 9,88 contra 10,9 de Vierge, enquanto nas Superpoles, os números foram 14,10 para Lecuona contra 12,25 para o seu colega.

Confrontos diretos na Superpole

• Aruba.it Racing – Ducati: Álvaro Bautista 0-12 Nicolo Bulega
• ROKiT BMW Motorrad WorldSBK Team: Toprak Razgatlioglu 10-0 Michael van der Mark
• Kawasaki Racing Team WorldSBK: Alex Lowes 12-0 Axel Bassani
• Pata Prometeon Yamaha: Andrea Locatelli 8-3 Jonathan Rea
• Team HRC: Iker Lecuona 5-5 Xavi Vierge

Confrontos diretos em corridas

• Aruba.it Racing – Ducati: Álvaro Bautista 16-20 Nicolo Bulega
• ROKiT BMW Motorrad WorldSBK Team: Toprak Razgatlioglu 28-2 Michael van der Mark
• Kawasaki Racing Team WorldSBK: Alex Lowes 29-7 Axel Bassani
• Pata Prometeon Yamaha: Andrea Locatelli 24-9 Jonathan Rea
• Team HRC: Iker Lecuona 18-12 Xavi Vierge

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Álvaro Bautista esteve apenas duas épocas na Honda no Mundial de Superbike, em 2020 e 2021. Apesar de não ter tido resultados de grande destaque, o piloto deixou marca na equipa do construtor japonês.

Xavi Vierge chegou à Honda em 2022, e apesar de não ter chegado a ser colega de Bautista, pôde tirar proveito do trabalho do compatriota – como revelou numa entrevista ao site GPOne.com:

– Eu e o Iker [Lecuona] éramos dois jovens pilotos e experientes, mas não neste campeonato. Por isso, começámos a trabalhar com uma base normal e depois seguimos o caminho que o Bautista tinha traçado, porque percebemos que era o certo.

Apesar de Bautista já ter saído há três anos, segundo Vierge as bases que o #19 deixou continuam a prevalecer: ‘Mesmo hoje, ainda estamos a seguir um bocado essa direção trazida pelo Álvaro, porque ele mostrou ser muito veloz, ganhando antes e depois. Experimentámos tantas coisas, estamos a trabalhar no duro, e temos a certeza que este é o caminho a seguir’.

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Andrea Iannone continua a não ser uma pessoal completamente consensual no paddock e muito se deve à sua imagem de ‘bad boy’ e forte personalidade mas isso parece ser algo que ao longo dos anos mudou, acredita Neil Hodgson.

À TNT Sports o britânico começou por falar precisamente sobre a feitio trincado do italiano, que atualmente está a correr no Campeonato do Mundo de Superbikes: ‘Relativamente a Iannone, há sentimentos contraditórios no paddock. Não por ele ter sido banido, mas pela sua personalidade em geral. Ele é uma marmita neste paddock. Algumas pessoas gostam mesmo dele e outras não têm a certeza’.

Hodgson lembrou a sua própria experiência com o piloto: ‘Já trabalhei com ele e foi um desafio entrevistá-lo, era mal-humorado e não era a pessoa que se pensava que fosse. Também o vi ser bastante rude com os adeptos, o que não consegui suportar’.

No entanto parece que os anos fizeram o #29 ser um pouco mais calmo: ‘Passei algum tempo com ele ao longo dos anos. Mas disseram-me que, na segunda vez que está no Mundial de Superbikes, parece uma personagem diferente. Menos arrogante e a desfrutar da sua segunda época’.

Iannone correu recentemente no GP da Malásia com as cores da VR46 Racing Team a convite de Valentino Rossi.

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Apesar de nunca ter competido no Mundial de Superbike, Andrea Dovizioso é um seguidor atento da categoria. E ficou rendido ao percurso que levou Toprak Razgatlioglu ao título de 2024 com a ROKiT BMW.

O turco chegou, viu e venceu na mudança para o construtor alemão – que até ao ano passado nem lutava regularmente por pódios. Dovizioso afirmou ao site oficial do campeonato:

– O Toprak e a BMW fizeram algo especial e de loucos. Claro, a BMW melhorou, mas creio que o Toprak mostrou o quão forte ele é e o quão veloz ele é, porque no ano passado ele fez algo muito bom com a Yamaha, e este ano outra vez com a BMW. Foi bom vê-lo a esse nível com uma marca diferente.

O antigo piloto acredita que em 2025 os campeões deste ano poderão estar ainda mais fortes: ‘Penso que agora o Toprak e a BMW irão tornar-se um bocado mais fortes no próximo ano, então será um bocado mais difícil para os adversários. Mas, de qualquer dos modos, a luta no topo é sempre muito boa’.

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Desde há muito tempo apontado ao MotoGP, tudo leva a crer que será «apenas» uma questão de tempo para Toprak Razgatlioglu ter uma oportunidade de rodar a tempo inteiro na categoria, com esse a ser um desejo publicamente expressado e sublinhado agora novamente pelo turco.

O piloto da BMW, que regressou aos títulos mundiais do WSBK esta temporada, revelou citado pelo GPOne quais são os objetivos que tem para a próxima época, depois de brilhar esta temporada: ‘O meu objetivo são catorze vitórias consecutivas. Vou tentar bater o recorde outra vez e ganhar o título outra vez. Veremos’.

E foi precisamente de olhos postos no futuro que, quando questionado sobre os seus desejos após a próxima temporada, Razgatlioglu voltou a reafirmar a vontade de ingressar na categoria rainha do motociclismo:

– Sim, é esse o meu sonho. Talvez em 2026, mas não sei. Teremos de falar com as equipas de MotoGP, preparar um contrato… Veremos no futuro.

Certo é que muito se tem falado sobre uma hipotética entrada da BMW no MotoGP inclusivamente, com essa a ser uma possibilidade não rejeitada liminarmente pelos responsáveis da fabricante alemã.

O conteúdo Toprak Razgatlioglu revela objetivos para 2025 no WSBK e relembra ‘sonho’ do MotoGP a partir de 2026: ‘Teremos de falar com as equipas’ aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Toprak Razgatlioglu ainda sonha em chegar ao MotoGP no futuro, embora esteja consciente que o tempo está contra si – considerando que 2026 é a última vez que poderá ter uma oportunidade.

Se desse esse passo, o campeão do mundo de Superbike conseguiria ter sucesso? Marco Melandri disse ao site GPOne.com que um aspeto importante a ter em conta são os pneus: ‘É complexo, mas o Toprak é o único que o poderia fazer. Agora, o ideal para ele seria que a Pirelli fosse também para o MotoGP. Aí, ele poderia decididamente ter sucesso com uma boa moto. O problema é só o facto de que é muito difícil usar pneus diferentes depois de tantos anos com os Pirelli’.

O antigo piloto salientou que os pneus têm um grande impacto nas sensações e na forma de pilotar: ‘O MotoGP tem um pneu dianteiro maior e mais duro. Isto muda tanto ao nível de sensação, a carcaça, na forma como pilotas e usas o travão, e também na forma como concebes as curvas’.

Por outro lado, Melandri considera que não será fácil para Razgatlioglu mudar de categoria depois de vários anos no Mundial de Superbike: ‘No entanto, para o Toprak já está a começar tarde, porque ele esteve tantos anos no SBK, e quando «adormeces» numa categoria, torna-se difícil aprender mais quando mudas. É por isso que mesmo aqueles que vêem do Moto2 e do Moto3 só ficam lá um par de anos, não mais. Tens de aprender como mudar’.

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Toprak Razgatlioglu foi campeão do mundo de Superbike pela segunda vez este ano – agora com a ROKiT BMW, equipa que ainda nem sequer lutava regularmente por pódios até à época passada. No futuro, ainda sonha competir no MotoGP.

Apesar do talento que lhe é reconhecido, até agora o turco ainda não teve uma oportunidade do seu agrado na categoria rainha. Chegou a testar a moto da Yamaha no ano passado, mas não teve espaço no construtor de Iwata e até acabou por sair para a BMW no WSBK.

Ligado ao construtor da Baviera até ao fim de 2025, Razgatlioglu ainda ambiciona vir a chegar ao MotoGP no futuro. Porém, admitiu à Sky Sport Italia que em 2026 terá a sua última hipótese de dar o salto:

– Ainda sonho com o MotoGP, mas em 2025 estarei com a BMW. Contudo, estarei livre em 2026 e não sei se iremos falar com alguma equipa para perceber se há hipóteses de obter um bom contrato, para que eu me possa mudar para esse paddock. Ainda tenho esse sonho, mas se não for em 2026, não vou pensar mais nisso, estou a ficar velho e para mim essa representa a última hipótese.

Recentemente, o empresário de Razgatlioglu, Kenan Sofuoglu, disse à imprensa italiana que há a ideia de o piloto ir para o MotoGP em 2026. No entanto, quer um contrato de fábrica, não pretendendo estar numa equipa satélite nas condições em que por exemplo Marc Márquez está este ano.

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A Ducati prepara-se para introduzir a nova Panigale V4 R no Mundial de Superbike. Álvaro Bautista é um dos pilotos da Aruba.it Ducati e ainda não sabe quando irá testar a moto, mas já sabe o que fará se não gostar da mesma.

Em julho passado, o espanhol teve um primeiro contacto com a Panigale V4 de 2025 na World Ducati Week, mas explicou ao site GPOne.com que tem pouco a ver com a moto de competição: ‘A moto da WDW foi muito diferente daquela que fará os primeiros testes no próximo ano. Neste momento, ainda não sei quando é que irei testar’.

Quanto ao seu futuro, Bautista tem contrato para 2025, ao passo que a nova moto será introduzida em 2026. E, se não gostar da mesma, admite sair – pelo menos da Ducati:

– Se eu a experimentar e gostar, ficarei. Se não, deixá-la-ei para outro piloto. Veremos. Estou curioso por a testar, porque a do WDW não estava em configuração de corrida.

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Michael Ruben Rinaldi vai descer ao Mundial de Supersport na próxima temporada. O piloto que no ano passado estava na Aruba.it Ducati no Mundial de Superbike foi anunciado como piloto da GMT94 Yamaha na categoria secundária.

O italiano chegou ao WSBK em 2018 e esteve sempre ligado à Ducati. Foi promovido à equipa de fábrica em 2021, depois de impressionar com uma vitória e um total de pódios no ano anterior pela GoEleven.

Nos três anos com a equipa de fábrica, terminou sempre no top cinco do campeonato, mas nunca lutou pelo título. Somou mais quatro vitórias e um total de 20 pódios.

Com a promoção de Nicolò Bulega em 2024, Rinaldi mudou-se para a Motocorsa Racing, onde teve a sua pior época da carreira: foi apenas 17.º com 78 pontos.
Sem espaço no WSBK, o #21 vai agora estrear-se no WSSP no ano que vem, com a GMT94. É uma das principais equipas do pelotão, que lhe dará chances de lutar pelo título e tentar dar um passo atrás para, depois, dar dois em frente.

Nicolò Canepa, gestor desportivo Road Racing da Yamaha Motor Europe, explicou a contratação de Rinaldi: ‘A R9 é uma moto completamente diferente da R6 e precisará de ser pilotada de forma diferente, pelos nossos testes sabemos que o binário da máquina irá requerer um estilo de pilotagem mais de «moto grande», e por este motivo incluímos o Michael Ruben Rinaldi no nosso alinhamento, um piloto com experiência de vencer corridas no WorldSBK’.

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